...quando cheguei naquela ilha, logo depois de um tempo, tinha certeza que jamais sairia de lá, que tinha perdido tudo, que nunca mais retornaria, que meu grande amor estaria perdido para sempre. Tentei me matar, pois nos meus cálculos, invariavelmente isto aconteceria, mais cedo ou mais tarde, fosse por um ferimento ou doença, mas sem recursos... era inevitável. Resolvi então dar cabo de minha vida para evitar maiores sofrimentos, escolhi no alto de uma rocha uma árvore, para poder enforcar-me, porém, antes de colocar meu próprio pescoço, fiz um teste para ver se a árvore suportaria meu peso, não suportou e árvore espatifou-se lá embaixo. Daquele ponto em diante, percebi que não tinha controle nenhum sobre minha própria vida, pois nem morrer como gostaria era possível. Mas que, diante disto, só restava uma coisa a fazer, manter-me vivo, respirar. simplesmente respirar.
Um dia, depois de muito tempo, a maré me trouxe uma vela, e então através dela consegui sair de lá.
Agora estou aqui falando com você, tem gelo no meu copo e eu a perdi novamente. Mas agora já sei o que fazer, a vida me ensinou, vou continuar respirando, manter-me vivo... pois nunca sabemos o que a maré vai nos trazer...
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